I know what I wanna do for the rest of my life.
But I am afraid of embracing this because of the uncertainty and difficulty
that come along with this choice. I know the risks and all I’m going to lose
(and win) if I make up my mind right now, and that’s the reason this decision
is so hard. Even when I don’t want to, I think about the people who believe in
me and support my career in journalism. But I don’t wanna be a journalist. I wanna
dance. Forever. Unfortunately it’s something that’s considerated by many as a
not-so-much good job. And it is. It’s not a well-payed job in this country and
sometimes people dare to say it’s not even a job. That’s the sad reality of
Brazil. But even knowing all these things, there’s nothing in life that ever
made me feel the way I feel whenever I dance (well, maybe singing, but my voice
is really bad for that). And just the thought of doing this for the rest of my
life just makes me feel right. And that’s the feeling I wanna have in me until
my heart stops beating. That’s amazing. But
am I brave enough? Do I have the guts to change my life and focus on dancing? Am
I really strong to maybe hurt some people I love? I keep doubting myself and I’m
still in the same place.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Consulta #9
Oi, Nunes! Faz muito tempo que a gente não se fala, né? Não posso dizer infelizmente porque todo vez que venho aqui é pra te contar meus problemas, meus receios, minhas dúvidas em relação a deus e o mundo. Ninguém fica feliz por isso, né? Quer dizer, pelo menos não deveria.
Mas hoje eu lembrei de ti e foi por isso que resolvi dar uma passadinha aqui pra ver como estavas, se ainda continuas o mesmo cara calado e que consegue passar horas e horas ouvindo a minha voz. Apesar de ser injusto eu te pedir isso, será que dava pra não sumires daqui? É que eu sei que mais cedo ou mais tarde eu vou precisar voltar aqui. Sim, sei que é egoísta, mas enfim. Há umas semanas atrás eu tava realmente precisando de ti, mas eu me controlei pra não vir aqui. Queria enfrentar os problemas sem precisar de desabafos e conselhos. Enfrentei e parece que fiz a coisa certa. Mas eu tenho certeza que não vai ser sempre assim, tu sabes como eu sou, né?
Então, fica bem, tá? Eu prometo que volto pra te ver. Não esquece de mim que de vez em quando eu lembro de ti.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Consulta #8
Eu já pensei em me matar, Nunes.
Na verdade, tava pensando nisso
enquanto vinha pra cá. Minha vida anda desorganizada, um caos, tudo dando
errado, ando quase infeliz. Por isso vim aqui. É, não é legal saber que só
venho bater um papo contigo quando eu realmente tô precisando falar com alguém. Inclusive, isso nem pode ser
chamado de papo. Afinal, só eu falo. E eu vim aqui pra falar que eu quero que
as coisas voltem ao que era há alguns meses atrás, quando as minhas preocupações
eram menores e mais fáceis de resolver do que são hoje.
Sim, tô implorando por algo que dificilmente vai acontecer. As coisas
passam, pessoas e situações mudam e nada é como antes. Infelizmente.
Ah!, como eu queria fugir pra
algum lugar onde ninguém me conhecesse, onde não tivesse laços (e nem buscasse
por uns), onde preocupações não me alcançassem e eu pudesse reorganizar minha
mente pra poder, então, tocar pra frente a minha vida, do jeito que tem que
ser.
Mas fugir não é uma opção, Nunes.
E até o descanso vai demorar um pouco. Na verdade, pra que eu chegue ao momento
de descansar, eu tenho que fazer muita coisa ainda. E isso é que me preocupa: a
quantidade de responsabilidade que talvez eu ainda não esteja preparado para
lidar. Sou quase uma criança, Nunes! Será que eles não percebem? Não, eles não
percebem. Eles só continuam dizendo que existe um caminho a se percorrer, que a
vida é assim e que precisa ser feito desse jeito. EU TENHO QUE CRESCER!
Então vou parar de choro e tentar
“crescer” da melhor maneira possível, tentar fazer com que eles se orgulhem do
homem que estou me tornando. Já que TEM que ser assim, assim será. Se bobear,
nem volto mais aqui pra reclamar da vida. Já que a vida é assim, não adiantar
reclamar, não é mesmo?
domingo, 28 de outubro de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Consulta #5
Ele me disse que não aconteceria de novo, sabe, Nunes? E por tudo que a gente já viveu, eu acreditei nele. Quer dizer, eu acredito. Sempre acreditei. Só que, à noite, veio aquela sensação ruim tomar conta de mim, aquela mesma sensação daquela outra noite.
A cena era quase a mesma, pouca coisa diferente. E por um milésimo de segundo, eu pensei que a história ia se repetir. Mas depois desse pensamento repentino, veio outro mais forte: eu acredito nele. Essa palavras ficaram vagando pela minha mente durante a noite toda. Nada aconteceu.
Eu acreditava nele. Eu acreditei nele nessa noite. Eu acreditei nele depois. Eu sempre vou acreditar. Ele é o meu melhor.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Consulta #2
Faz tempo, desde a minha primeira visita... É porque não senti a necessidade de conversar com alguém que não visse de perto tudo que eu ando passando, sabe? Mas é por isso que eu tô aqui agora. Essa vontade tá latente. E faz pouquíssimo tempo que surgiu, acho que foi pela manhã, logo depois de ligar o computador sem nem ao menos escovar os dentes. Tem sido assim ultimamente. É aquela velha história de permanecer com uma atitude que você considera prejudicial, mesmo que você se diga o tempo todo que aquilo devia ser ser diferente no fim das contas. Sabe, o tempo tá passando, Nunes, mas muita coisa ainda permanece - e não deveria. Parece que falta disposição, falta mais porrada e marcas pelo corpo pra eu tomar plena consciência de que mudar é preciso. Parece que não adianta eu enxergar as coisas bem embaixo do meu nariz, parece que elas têm que me acertarem e me fazerem sangrar. Vai doer.
Sabe de outra coisa, Nunes? Eu vim aqui, botar pra fora, desabafar sobre a minha vida, mas creio que pouco adianta qualquer conselho que você irá me dar. Entra por um ouvido e sai por outro. Na verdade, ele percorre aqui dentro por um tempo, suficiente pra me fazer acreditar que vai ser diferente, mas depois se vai...
Deve existir alguma parte do meu cérebro que foi feita pra armazenar esses conselhos e elaborar outros, próprios, que nunca servem pra mim, apenas para os outros. Quando ocorre uma inversão de papéis e alguém busca ajuda em mim, parece que eu sei o que dizer, na maioria das vezes. Parece que já passei por aquilo e sei a melhor forma da pessoa lidar com aquilo. É desesperador, às vezes. Às vezes eu nem ligo.
Enfim, toma aqui o dinheiro da consulta de hoje. Volto outro dia, quando eu surtar de novo, quem sabe. Tchau.
sábado, 28 de maio de 2011
Olá, estranho.
Eu nem sei o que falar. É uma coisa nova pra mim, sabe... Roberto, né? Roberto Nunes? Pois é, Roberto... Será que eu posso te chamar de Nunes? É menor e não conheço ninguém com esse (sobre)nome. Já conheci um Roberto uma vez, mas não um Nunes...
Como eu dizia, essa coisa de conversar com um estranho é tão... estranho pra mim - nem consigo definir diferente. Mas eu vou me acostumar. Já me acostumei com situações bem mais adversas que essa. Até porque é só uma questão de tempo. Logo, logo vai ser mais fácil pra mim.
Como eu cheguei aqui? Bom... Nem sei muito bem. Na verdade, quando dei por mim, já tinha marcado uma consulta. E aqui estou: conversando com um estranho, já tagarelando bem mais do que eu pensaria que eu pudesse estar... É, pelo visto vai ser mais fácil do que eu imaginava. Isso é bom, não é? Ah, sei lá... Eu sou meio inseguro mesmo, até nas minhas seguranças. Não sei se é coisa da idade ou é um pouco mais complexo e específico que isso. Mas eu quero mesmo acreditar que sou apenas novos demais e que, daqui há algum tempo, isso passa. Como quando se pega uma doença não tão grave, mas a única cura é um remédio chamado tempo. Eu quero tanto que minha doença seja a idade e meu remédio seja o tempo...
Ah, acabou, Nunes? Nossa! Foi rápido. É por que é o começo, né? Ou eu que falei demais? Não importa. Agradeço pelos ouvidos. Prometo marcar outra sessão, tá? Eu volto.
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